O Popular Joanete foi, e ainda é, a patologia do pé que desperta maior interesse entre as pessoas. Mulheres em geral, como são acometidas mais que os homens, têm verdadeiro pavor de verem seus pés deformados por esta doença.
Há na verdade, vários tipos de joanete com diversos graus de deformidades e inúmeros detalhes que devem ser considerados.
Entre os fatores que provocam o joanete, os mais importantes são: calçados inadequados ( apertados, de salto alto e bico fino ), hereditariedade, pés planos e metatarso varo e hipermóvel.
A melhor prevenção do joanete é o uso de calçados adequados, confortáveis e de tamanho certo.
Não existe outro tratamento eficaz para o joanete doloroso e deformante, além do tratamento cirúrgico.
Contrariando o que se diz, a cirurgia do joanete não é tão dolorosa, e hoje em dia há inúmeras maneiras de tornar o pós-operatório bastante cômodo.
Antigamente, qualquer cirurgião operava joanete e os resultados eram terríveis com graves seqüelas vistas ainda hoje em dia.
Atualmente, existem inúmeros detalhes que fazem com que qualquer cirurgia de joanete seja única, cada caso necessitando de uma rigorosa avaliação global para então decidirmos o melhor para aquele determinado paciente, o que deve ser feito por um cirurgião ortopedista afeito ás patologias do pé.
Dor no dedão do pé é sempre joanete?
É comum no consultório a queixa de dor na região do “hallux” (dedão) do pé. Muitas vezes a dor não se deve ao joanete, e sim, a outras doenças que acometem essa região, e que muitas vezes são muito mais dolorosas que o joanete.
Entre essas doenças, talvez, a mais dolorosa e importante seja o “hallux rigidus” que é a artrose (desgaste) em vários graus da articulação do dedo maior do pé. Isso causa inchaço, dor ao andar, dificulta o uso de sapatos e sente-se dor a palpação do dedão, levando muitas vezes a incapacidade de andar.
Nas fases mais avançadas, o tratamento é cirúrgico, e a melhora entre 60% e 90%.
Por isso quem tem dor nessa região deve procurar o ortopedista e ter certeza da causa de sua dor, iniciando um tratamento adequado.
Por Dr. Joaquim Maluf Neto – Médico Ortopedista / Diretor Clínico da Clínica Cefor